Um Corpo

A sociedade para a qual o cristão foi chamado não é nenhuma coletividade, mas antes um corpo. Trata-se, na verdade, de um corpo do qual a família é uma imagem em nível natural. Somos intimados desde o começo a combinar com o nosso Criador enquanto criaturas; devemos combinar, como mortais, com o Eterno; e como pecadores redimidos, com o Redentor sem pecado. A interação entre Ele e nós deve ser o fator eterno dominante na vida que devemos levar como corpo; e qualquer concepção de comunhão cristã que não signifique primeiramente comunhão com Ele está fora de questão.

Temos em nossa comunhão autoridades que estão sempre presentes, como pais e pastores, e com eles estamos todos constantemente ensinando e aprendendo, perdoando e sendo perdoados, representando Cristo perante o homem quando intercedemos por alguém (e o homem perante Cristo quando os outros intercedem por nós). A vida como corpo nos torna membros uns dos outros, e nos tornamos tão diferentes quanto a mão difere do ouvido – eis por que existe uma variedade tão milagrosa de cristãos. Mas somos um só. A obediência e a unidade são o caminho para a liberdade, para a personalidade e para a comunhão.

C. S. Lewis

- de The Weight of Glory (Peso de Glória) – adaptado

“Assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, formam um só corpo, assim é Cristo também (…). Há muitos membros, mas um só corpo (…), para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. Ora, vós sois o corpo de Cristo e, individualmente, membros desse corpo.”

I Coríntios 12: 12, 20, 25 e 27.